sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O índio triste



Tayan e Tuxalanara
Tuxalanara Tuxá
Tayan e Tuxalanara (pintura com jenipapo)
Sou o índio triste
Porque não vivo em uma aldeia selvagem
Não tenho contato com os passarinhos,
Com a nossa caça.
Vivo com a vontade de sair andando naquelas matas onde os bixos cantam
O som das árvores...
Tenho saudade daquelas águas correntes e cristalinas.
Tenho vontade de ver os peixes que brilhavam naquelas águas transparentes
E hoje vivemos uma vida moderna,
Temos "tudo" mas somos tristes...
Vivo na vontade de todo dia dançar o meu toré e sair na mata a flechar e de lá tirar  meu próprio alimento.
Sinto saudades do que eu nunca vivi
Pelo meu pai e meus antepassados
Que contavam o que eles viveram:
Viviam a brincar, de atirar com arco e flecha, de dançar seu toré e pescar.
Ali era uma diversão que servia de ajuda para seus pais.
Os índios não tinham medo de lutar
Não tinham o medo e nem vergonha de ser índio
Tinham orulho e amor pela vida que tinham,passavam necessidades,
mas eram felizes com os alimentos que a mãe terra davam para eles.
Não importava o que vinha pela frente,viviam como se cada dia fosse o ultimo.
Quando eles pegavam peixes não se importavam de deixar para o outro dia,comiam todos undidos.
E hoje não temos nada disso,vivemos em casas boas, mas o que importa para nós é cuidar da mãe terra, pois nós somos parte dessa natureza.
Esta é como se fosse a nossa mãe.
Hoje vivemos todos desunidos,alguns na ángustia e vergonha de ser índio,
como é que diz " Cada qual por si e Deus por nós todos".
Queria nós que com a volta dessa terra poderemos viver mais unidos, porque nós com a nossa terra teremos a união de nós todos. 

Taian Arfer Juntá Tuxá e Tuxalanara Arfer Juntá Apako Caramuru Tuxá.
14 de Setembro de 2012

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